segunda-feira, 17 de junho de 2013

Polícia Civil detalha ação que libertou Fábio Porcino

A delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), detalhou hoje os detalhes da ação que libertou o empresário Fábio Porcino, ocorrida na última sexta-feira (14), no município de Canindé, interior do Ceará, após cinco dias de seqüestro.
A vítima foi resgatada após um trabalho conjunto das Polícias Civil, Federal e dos Setores de Inteligência dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Fábio estava numa cabana de lona preta montada dentro de um matagal na Fazenda Garrote, localizada na zona Rural do município cearense. “Ele estava acorrentado pela perna e um pouco debilitado, pois não havia se alimentado direito durante o período”, explicou a delegada da Deicor. Dois homens foram presos José Carlos Anastácio Leitão, vulgo “Carlinhos”, que levou os policiais até o local do cativeiro e Rivelino Raquel Filho, que estava vigiando a vítima.
De acordo com a delegada Sheila Freitas, os presos não foram os mesmos que raptaram Fábio Porcino, pois segundo ela, a quadrilha seria bastante organizada. No mínimo 13 pessoas teriam envolvimento no crime. Na coletiva, a delegada preferiu não divulgar os detalhes de como a Polícia Civil chegou ao paradeiro da vítima e a quantia exigida pelos sequestradores, mas destacou que testemunhas e as imagens das câmeras do estabelecimento de onde o empresário foi levado foram extremamente importantes nas investigações.
Duas pistolas e um revólver, além de um capuz preto e um rádio comunicador foram apreendidos pela equipe da Deicor. Um dos veículos utilizados pelos bandidos também foi encontrado escondido perto do local do cativeiro, um carro tipo Cross Fox, de cor preto, com placas frias, que teria sido roubado em Fortaleza. Esse foi o mesmo carro em que o empresário foi levado pelos bandidos no dia do seqüestro.
Outros dois homens estão sendo procurados pela polícia acusados de envolvimento no sequestro, identificados como José Wilson Trajano de Freitas, considerado líder da quadrilha, e Ezequiel Serafim Leitão, proprietário da Fazenda Garrote. Quem tiver quaisquer informações sobre o paradeiro dos acusados pode ligar para o disque-denúncia através do número 181 (não é necessária identificação).
“Temos muito trabalho ainda a fazer e nós estamos ainda na fase investigatória do crime e agora tentamos identificar e prender o restante dos seqüestradores”, frisou a titular da Deicor.
José Wilson Trajano foi preso em setembro do ano de 2006, no estado do Ceará, acusado de fazer parte de uma quadrilha que seqüestrou o empresário gaúcho Dagoberto Antônio Faedo, que permaneceu 57 dias em cativeiro. Considerado pela polícia bandido de alta periculosidade, Trajano também já respondeu por homicídio e tentativa de assassinato no município de Tabuleiro do Norte-CE, ocorrido no dia 3 de junho de 1998. Ele também é apontado por ter sido um dos participantes da quadrilha de Valdetário Carneiro.



Armas apreendidas

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